domingo, 18 de febrero de 2018

CONTO, CRÔNICA E ROMANCE

Oi pessoal,


Vamos ler um pouco acerca das diferenças entre "conto", "crônica" e "romance".

Exercício.  Depois de ler o artigo, assista o vídeo "Os cem melhores contos brasileiros do século" (Nathália Mondo em Youtube), e logo poste um comentário no blog, antes da quarta-feira.


 Conto
O conto caracteriza-se por ser uma narrativa curta, um texto em prosa que dá o seu recado em reduzido número de páginas ou linhas. Apresenta como sua maior qualidade os fatores concisão e brevidade. Deve produzir em quem o lê, um efeito de impacto. Esse efeito tanto pode resultar da natureza insólita do que foi contado, da feição
surpreendente do episódio ou do modo como foi contado. Esta brevidade, porém, não pode comprometer a qualidade do texto, que deve cumprir o seu papel junto ao leitor com a mesma competência dos contos mais longos. O conto é do prisma de sua história e de sua essência, a matriz da novela e do romance, mas isto não significa que deva, necessariamente, transformar-se neles. Como a novela e o romance, é irreversível: jamais deixa de ser conto a narrativa que como tal se engendra. Trata-se, pois, de uma narrativa unívoca, univalente. Constitui uma unidade dramática, uma célula dramática.
Portanto, contém um só conflito, um só drama, uma só ação; unidade de ação. Todos os ingredientes do conto levam a um mesmo objetivo, convergem para o mesmo ponto. Assim, a existência dum único conflito, duma única “história” está intimamente relacionada com essa concentração de efeitos e de pormenores; o conto aborrece as digressões, as divagações, os excessos. Ao contrário, exige que todos os seus componentes estejam galvanizados numa única direção e ao redor dum só drama. Quanto a esse objetivo exclusivo para o qual deve tender a fabulação, podemos compreendê-lo considerando o seguinte: a soma dos objetivos, parciais e absolutos, que vamos tendo pela vida a fora, poderia dar uma série de pequenos dramas. A unidade de ação condiciona as demais características do conto. Assim, a noção de espaço é a primeira que cabe examinar. O lugar geográfico, por onde as personagens circulam , é sempre de âmbito restrito. À noção de espaço segue-se imediatamente a de tempo.
E aqui também se observa igual unidade. Com efeito, os acontecimentos narrados no conto podem se dar em curto lapso de tempo já que não interessam o passado e o futuro, as coisas se passam em horas, ou dias. O conto caracteriza-se por ser objetivo, atual, vai diretamente ao ponto, sem deter-se em pormenores secundários. Essa objetividade salta aos olhos com as três unidades: de ação, lugar e tempo. Tratando-se das personagens, poucas são as que intervém no conto, como decorrência natural das características apontadas: as unidades de ação, tempo e espaço. Só não parece possível o conto com uma única personagem: ainda que uma só apareça, outra figura deve estar atuando direta ou indiretamente, ou vir a atuar na formulação do conflito de que nasce a história.
A linguagem em que o conto é vazado também deve ser objetiva, plástica e utilizar metáforas de curto espectro, de imediata compreensão para o leitor; despede-se de abstração e de toda preocupação pelo rendilhado ou pelos esoterismos. O conto quer-se narrado em linguagem direta, concreta, objetiva. Dentre os componentes da linguagem do conto, o diálogo, sendo o mais importante de todos, merece ser referido em primeiro lugar. O conto por seu estofo eminentemente dramático deve ser, tanto quanto possível dialogado. De acordo com as diferentes formas que se apresentam os contos, ou seja, a proporção interna em que serão trabalhadas as unidades,  podemos definir cinco tipos de contos: o conto de ação, é um conto onde predomina basicamente a aventura, o que não significa a ausência total dos demais componentes.
É um tipo de conto linear e menos importante do que os outros, embora seja quantitativamente mais frequente; o conto de personagem é menos comum e totalmente centrado no exame da personagem, mas nunca deixando de obedecer a conjuntura própria do conto, visando sua unidade; o conto de cenário é raro. A tônica dramática transfere-se para o espaço, o ambiente. Este torna-se praticamente o herói do conto; o conto de ideia, embora o escritor se utilize de personagens, conflito, etc., serve para mostrar uma visão de mundo, ou seja, é um instrumento da ideia que pretende transmitir; o conto de emoção tem o objetivo de transmitir uma emoção ao leitor e geralmente vem mesclado ao da ideia.
Crônica
Crônica é uma narração. Uma história curta. É um gênero literário produzido para livros, jornais, internet, entre outros veículos de comunicação. Crônica tem como mote o cotidiano.
Possui algumas características. Pode ser escrita tanto na primeira como na terceira pessoa. Ser sentimental ou despojada, sempre coloquial. Ter sido inspirada em fatos reais ou fictícios. Possuir uma linguagem irônica, séria ou humorística. Independente de desfecho.
É derivada do latim ‘chronica’ – antes mesmo da era cristã significava ‘relato de acontecimentos em ordem cronológica’. Simplificando: seria um breve registro de eventos.
Com o tempo, começou a ganhar força. Há dois séculos, com o desenvolvimento da imprensa, a crônica começou a frequentar as páginas dos jornais. Conta a história, teria ela aparecido pela primeira vez no final do século XVI, em um jornal parisiense. Eram textos que comentavam fatos reais, de acontecimentos ocorridos nos últimos dias na bela cidade europeia.
Chegou ao Brasil na segunda metade do século XIX. Diferenciava-se pouco com os publicados na França. José de Alencar foi um dos pioneiros a aderir a esse tipo de texto. Chegou a ser considerada uma ‘literatura menor’.
O tempo foi passando e outros foram seguindo o caminho – um deles – tomado pelo autor de O Guarani (1870), Iracema (1875), entre outros.
O tempo foi passando e a crônica passou a fazer parte do dia-a-dia dos leitores no Brasil, diferenciando-se do estilo francês, ganhando identidade própria.
Romance
A morte do romance tem sido anunciada ao longo dos tempos. Desde o começo do século 20, por exemplo, quando George Lukács viu a narrativa se distanciando da epopeia e, por isso mesmo, perdendo forças. Depois reviu a posição. Nesse mesmo tempo, o texto de ficção passou por muitas experiências, entre as mais notáveis no Ulisses, de Joyce, e no Em busca do tempo perdido, de Proust, no movimento latino-americano, que revelou García Márquez e Mario Vargas Llosa, até chegar ao medíocre romance norte-americano de hoje, que envolve ainda os grandes vendedores.
Neste momento, portanto, a ficção se dilacera entre a obra de arte e a obra voltada apenas para o leitor, transformada em mercadoria. Aliás, os próprios autores norte-americanos tentaram reunir nas suas narrativas as técnicas do romance policial e a história compra-e-vende dos europeus, para combater, por exemplo, os árabes e indianos, que escrevem - e são educados - em inglês. O mercado se diversifica, numa clara estratégia de mercado, o que não é de todo ruim: afinal, alguém tem de vender para sustentar as editoras.
Então nós temos aí duas realidades incontestáveis: a arte e o mercado. Como, então, devem se comportar os escritores? Em primeiro lugar não se preocupando com a questão das vendas, o que deve interessar somente aos editores. Afinal, eles vivem disso. E os escritores não vivem disso? É a segunda parte desta reflexão e que me interessa muito. As vanguardas exauriram a narrativa, até pela própria natureza de movimento literário. Mas só pode haver mudança através das vanguardas? Acredito, sinceramente, que não. No entanto, devemos encontrar um caminho que também possibilite a sobrevivência do romance. E ela se dá entre a simplicidade e a sofisticação, tema do meu próprio livro sobre o assunto: As estratégias do narrador, que deve ser publicado logo pela  Iluminuras.
Na simplicidade, o romance deve chegar aos olhos do leitor com tal leveza que não exija nenhum tipo de quebra-cabeça, tornando-se cada vez mais leve. Aí está o segredo. No entanto, isto não quer dizer que o escritor abdicará das técnicas interiores, que se revelarão na sofisticação. Esse caminho, aliás, já estava sendo preparado por Machado de Assis, sobretudo nos contos, e em Dom Casmurro, um dos romances mais bem elaborados do final do século 19 e começo do 20 equiparando-se ao que de melhor se escreveu na Europa. Não é sem razão que Harold Bloom escreveu: "Machado de Assis é um milagre". E que Susan Sontag, surpreendida a cada palavra, dizia que a escrita daquele mulato carioca era tão sofisticada que não podia entender o fato de ele nunca ter se afastado do Rio de Janeiro mais do que alguns quilômetros. Ai reside um tanto de preconceito.  Mas,  tudo bem.
Simplicidade e sofisticação. É claro que ninguém vai imitar Machado nem se quer revolucionar o romance - isso está fora de cogitação. Mesmo assim, chamo a atenção para o fato de que ele pode ser lido por todos, sem qualquer problema. Dois dos seus contos chamam a atenção justamente por causa da simplicidade e da sofisticação: O Machete e Um homem célebre. Embora Missa do Galo tenha se tornado o mais famoso, e reescrito até a exaustão, esses dois reúnem elementos que podem apaixonar qualquer leitor comum - pela simplicidade -, sem deixar de lado aquilo que de mais notável pode se escrever, recorrendo a técnicas de montagem e de desenvolvimento de enredo.
Só para lembrar: O Machete começa pela técnica do personagem ilustrativo, na figura do pai de Inácio Ramos - o personagem central - para desaparecer imediatamente no segundo parágrafo, sabendo-se apenas que ele morreu. Nada mais sutil. Naquele primeiro parágrafo que pode - reitero - ser lido por qualquer um há uma carga técnica impressionante. O personagem - o pai - ilustra o caráter de Inácio Ramos - o personagem - sem cair no lugar-comum e possibilitando uma leitura agradável.
Pelos movimentos internos demonstra-se que a relação pai e filho não é afetiva, embora não diga isso em lugar algum. É possível perceber o afeto e o entusiasmo quando aparecem, logo em seguida, o velho músico alemão e a mãe, esta sim, tratada com muito carinho, e colocada em oposição ao pai. Sem que o narrador tenha que dizer. A leitura, por si só, revelará os sentimentos.
Isso quer dizer: técnica. Não é regra - lembro sempre: não existem regras para a ficção. Mas um caminho a que o escritor pode ou não recorrer para o estudo. Nada mais do que isso. Sem encrencas nem debates. Tenho o maior respeito pelos que divergem de mim. Só quero pensar. Talvez discutir. Mas todos têm razão. E isso é o que importa: o amor pelo romance. Enfim, pela escrita. Por isso mesmo, encontro aí motivos suficientes para que se possa trabalhar o romance, cujos caminhos são cada vez mais ricos, mesmo que se recorra, em certo sentido, ao passado.
Fonte:
pt.shvoong.com
www.ricardonascimento.net
rascunho.rpc.com.br

domingo, 4 de febrero de 2018

LITERATURA BRASILEIRA

Oi pessoal,






Este semestre vamos conhecer um pouco acerca da literatura brasileira.

Exercício. Leiam o artigo a seguir para depois postar um comentario neste blog.  Na quarta-feira, vamos conversar sobre este tema.

LITERATURA BRASILEIRA
Fonte: https://www.todamateria.com.br/origens-da-literatura-brasileira/

A história da literatura brasileira tem início em 1500 com a chegada dos portugueses no Brasil. Isso porque as sociedades que aqui estavam eram ágrafas, ou seja, não possuíam uma representação escrita.
Assim, a produção literária começa quando os portugueses escrevem sobre suas impressões da terra encontrada e dos povos que aqui viviam.
Ainda que sejam diários e documentos históricos, esses representam, as primeiras manifestações escritas em território brasileiro.

Divisão da Literatura Brasileira

A literatura brasileira é subdividida em duas grandes eras que acompanham a evolução política e econômica do País.
A Era Colonial e a Era Nacional são separadas por um período de transição que corresponde à emancipação política do Brasil.
As datas que delimitam fim e início de cada era são, na verdade, marcos onde acentua-se um período de ascensão e outro de decadência. As eras são divididas em escolas literárias, também chamadas de estilos de época.

Era Colonial

A Era colonial da literatura brasileira começou em 1500 e vai até 1808. É dividida em Quinhentismo, Seiscentismo ou Barroco e o Setecentismo ou Arcadismo. Recebe esse nome pois nesse período o Brasil era colônia de Portugal.

Quinhentismo

O Quinhentismo é registrado no decorrer do século XVI. Essa é a denominação genérica de um conjunto de textos que destacavam o Brasil como terra nova a ser conquistada. As duas manifestações literárias do período são a literatura de informação e a literatura dos jesuítas.
A primeira possui um caráter mais informativo e histórico sobre o país; e a segunda, escrito por jesuítas, reúne aspectos pedagógicos.
A obra que mais merece destaque é a Carta de Pero Vaz de Caminha. Escrita na Bahia em 1500, o escrivão-mor da tropa de Pedro Álvares Cabral descreve suas impressões sobre a nova terra para o rei de Portugal.

Barroco

O Barroco é o período que se estende entre 1601 e 1768. Tem início com a publicação do poema Prosopopeia, de Bento Teixeira e termina com a fundação da Arcádia Ultramarina, em Vila Rica, Minas Gerais.
O Barroco literário brasileiro desenvolve-se na Bahia, tendo como pano de fundo a economia açucareira. Dois estilos literários que marcaram essa escola foram: o cultismo e o conceptismo.
O primeiro utiliza uma linguagem muito rebuscada e, por isso, é também caracterizado pelo 'jogo de palavras'. Já o segundo, trabalha com a apresentação de conceitos, portanto, é apontado como 'jogo de ideias'.
Um dos maiores representantes foi o poeta Gregório de Matos, conhecido como "boca do inferno". Além dele, merece destaque o padre Antônio Viera e seus Sermões.

Arcadismo

O Arcadismo é o período que se estende e 1768 a 1808 e cujos autores estão intimamente ligados ao movimento da Inconfidência, em Minas Gerais.
Agora, o pano de fundo é a economia ligada à exploração do ouro e das pedras preciosas. Além disso, destaca-se o relevante papel desempenhado pela cidade de Vila Rica (Ouro Preto).
A simplicidade, a exaltação da natureza e os temas bucólicos são as principais características dessa escola literária.
No Brasil, esse movimento tem início com a publicação de “Obras Poéticas”, de Cláudio Manuel da Costa, em 1768. Além dele, merece destaque o poeta Tomás Antônio Gonzaga e sua obra “Marília de Dirceu” (1792).

Período de Transição

O chamado período de transição ocorre entre 1808 a 1836. É considerado um momento inerte da literatura brasileira, marcado pela chegada da Missão Artística Francesa, em 1816, contratada por Dom João IV.

Era Nacional

A Era Nacional da literatura brasileira começa em 1836 e dura até os dias atuais. Começa com o Romantismo e perpassa pelo Realismo, Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo, Pré-Modernismo, Modernismo e o Pós-modernismo.
Recebe esse nome pois ela aconteceu após a Independência do Brasil, em 1822. Nesse período o nacionalismo é uma forte característica, notória na literatura romântica e moderna.

Romantismo

Essa é a primeira escola literária a registrar um movimento genuinamente brasileiro. O Romantismo no Brasil se inicia em 1836, com a publicação da obra Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves Magalhães.
Perdura até 1881, quando Machado de Assis e Aluísio de Azevedo publicam obras de orientação Realista e Naturalista.
O período romântico no Brasil está dividido em três fases. Na primeira temos uma forte carga nacionalista, onde o índio é eleito herói nacional (indianismo). Os autores mais importantes são José de Alencar e Gonçalves Dias.
No segundo momento, os principais temas explorados estão ligados com o pessimismo e o egocentrismo, onde destacam-se Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu. Já na terceira fase, a mudança é notória tendo a 'liberdade' como mote principal. Os principais representantes são Castro Alves e Sousândrade.

Realismo

O Realismo no Brasil começa em 1881 quando Machado de Assis publica Memórias Póstumas de Brás Cubas.
As principais características são o objetivismo e a veracidade dos fatos, os quais são explorados por meio de uma linguagem descritiva e detalhada. Temas sociais, urbanos e cotidianos são apresentados pelos escritores do período.
Oposto aos ideais românticos, a ideia era mostrar um retrato fidedigno da sociedade. Além de Machado de Assis, merecem destaque Raul Pompeia e Visconde de Taunay.

Naturalismo

O Naturalismo no Brasil tem início em 1881 com a publicação da obra O Mulato de Aluísio de Azevedo.
Paralelo ao realismo, esse movimento literário também pretendia apresentar um retrato fidedigno da sociedade, no entanto, com uma linguagem mais coloquial.
Da mesma forma que o movimento anterior, o naturalismo era oposto aos ideais românticos e apresentava muitos detalhes nas descrições. Entretanto, trata-se de um realismo mais exagerado onde suas personagens são patológicas. Além disso, o sensualismo e o erotismo são marcas dessa produção literária.
A obra O cortiço (1890) de Aluísio de Azevedo é um bom exemplo da prosa naturalista desenvolvida no período. Além dele, destaca-se Adolfo Ferreira Caminha e sua obra A Normalista, publicada em 1893.

Parnasianismo

O Parnasianismo tem como marco inicial a publicação da obra Fanfarras, de Teófilo Dias, em 1882. Essa também é outra escola literária que surge paralela ao realismo e o naturalismo. Todavia, sua proposta era bem diferente e portanto, foi classificada de maneira independente.
Ainda que os autores do período escolhessem temas relacionados com a realidade, a preocupação residia na perfeição das formas.
A "arte pela arte" é o mote principal do movimento. Nesse período os valores estiveram essencialmente voltados para a estética poética, como a métrica, as rimas e a versificação.
Dessa maneira, houve uma forte preferência pelas formas fixas, por exemplo, o soneto. Os escritores que se destacaram nesse período formavam a "Tríade Parnasiana": Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia.

Simbolismo

O Simbolismo começa em 1893 com a publicação de Missal e Broquéis, de Cruz e Souza. Ele vai até o início do século XX, quando ocorre a Semana de Arte Moderna.
As principais características dessa escola literária são o subjetivismo, o misticismo e a imaginação.
Assim, os escritores do período, apoiados em aspectos do subconsciente, buscavam compreender a alma humana exaltando a realidade subjetiva. Destacam-se as obras poéticas de Alphonsus de Guimarães e Augusto dos Anjos. Esse último, já apresenta algumas obras de caráter pré-modernista.

Pré-Modernismo

O pré-modernismo no Brasil foi uma fase de transição entre o simbolismo e o modernismo que ocorreu no início do século XX.
Aqui, já se via despontar algumas características modernas como a ruptura com o academicismo e ainda, o uso de uma linguagem coloquial e regional.
A temática mais explorada pelos escritores do período estiveram voltadas para a realidade brasileira com temas sociais, políticos e históricos.
Com uma grande produção literária, destacam-se os escritores: Monteiro Lobato, Lima Barreto, Graça Aranha e Euclides da Cunha.

Modernismo

O Modernismo no Brasil é marcado pela Semana de Arte Moderna, ocorrida em São Paulo em 1922. É o limite entre o fim e o início de uma nova era na literatura nacional e nas artes como um todo.
Inspirado nas vanguardas artísticas europeias, o movimento modernista propõe o rompimento com o academicismo e o tradicionalismo. É assim que a liberdade estética e diversas experimentações artísticas são apresentadas nesse momento.
Esse período foi dividido em três fases: a fase heroica, a fase de consolidação e a a fase pós-moderna.
Com uma intensa produção poética, muitos escritores se destacaram: Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Rachel de Queiroz, Cecília Meireles, Clarice Lispector, Jorge Amado, João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Vinícius de Moraes, dentre outros.

Pós-Modernismo

A produção artística brasileira passa por intensa transformação após o fim da 1945. Assim, o pós-modernismo é uma fase de novas formas de expressão que acontecem na literatura, no teatro, no cinema e nas artes plásticas.
Essa nova postura moldará o imaginário por meio da ausência de valores, a liberdade de expressão e o forte individualismo. Além disso, a multiplicidade de estilos é uma marca do período.
A literatura brasileira contemporânea é composta por muitos escritores: Ariano Suassuna, Millôr Fernandes, Paulo Leminski, Ferreira Gullar, Adélia Prado, Cora Coralina, Nélida Pinõn, Lya Luft, Dalton Trevisan, Caio Fernando Abreu, entre outros.