sábado, 24 de noviembre de 2018

ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM

Bom dia pessoal,

Vamos revisar um pouco algumas estratégias de aprendizagem.  Com certeza vocês têm suas próprias formas para estudar e aprender, mas é bom conhecer outras e usá-las.

Exercício 1.  Leiam o artigo abaixo para depois colocar seu comentário no blog (antes da quarta-feira, 28 de novembro de 2018)
Exercício 2.  Naveguem pela internet para procurar alguns links orientados ao estudo da língua portuguesa.  Cada um deve contribuir com três links; na quarta-feira, 28 de novembro, revisaremos as contribuições entre todos vamos preparar um catálogo que poderemos usar para continuar nosso aprendizado de português.

3 Tipos de estratégias de aprendizagem

A aprendizagem significativa depende tanto do processo de ensinamento quanto da maneira como esse ensinamento é processado por quem está aprendendo. Os psicólogos educacionais se preocupam consideravelmente com ambos os aspectos e desenvolveram teorias para otimizá-los. Neste artigo vamos falar do segundo aspecto: as estratégias de aprendizagem.
O objetivo principal das estratégias de aprendizagem é conseguir fazer com que os alunos se transformem em aprendizes mais eficazes. A exploração e a pesquisa nesse campo nos proporcionaram diferentes maneiras de alcançar esse objetivo. As três estratégias de aprendizagem mais famosas são as mnemotécnicas, as estruturais e as generativas.

1. Estratégias mnemotécnicas

Esse tipo de estratégia de aprendizagem ajuda os estudantes a memorizar conteúdos como fatos ou termos específicos. Por exemplo, são úteis na hora de se lembrar de nomes de capitais, datas importantes, vocabulários de um idioma, etc. Quando é necessário memorizar dados sem significado, as estratégias mnemotécnicas nos oferecem um meio para estabelecer algum grau de significação.
A validade dessas técnicas foi amplamente reconhecida, razão pela qual vêm sendo utilizadas há muito tempo. O psicólogo Paivio explicou que essas técnicas funcionam devido a três razões:
  • Codificação dual. Muitas dessas estratégias envolvem o emprego de códigos não verbais (imagens) junto a códigos verbais (palavras). O que significa que o mesmo conteúdo está codificado de duas maneiras diferentes. Segundo os princípios conexionistas isso facilitaria o acesso à informação.
  • Organização. Outra maneira de funcionamento desse tipo de estratégia é criar um contexto coerente no qual encaixar a informação. Isso permite ter a informação relacionada, em vez de fragmentada. Por exemplo, é mais fácil se lembrar de uma lista de palavras se formarmos uma frase com elas.
  •  Associação. A formação de relações intensas entre elementos também é uma opção para a aprendizagem significativa. As associações intensas ajudam, pois quando se vê um dos elementos o outro rapidamente também vem à mente.
  • retirado de:  https://amenteemaravilhosa.com.br/3-tipos-estrategias-de-aprendizagem/

domingo, 7 de octubre de 2018

A ÁRVORE GENEALÓGICA


arvore genealogica

Boa tarde pessoal,

Agora vamos falar um pouco mais acerca da nossa família, portanto vamos ler o texto abaixo.

O que é uma Árvore genealógica?
A árvore genealógica é a representação gráfica e simbólica do histórico das ligações familiares de um indivíduo, apresentando de forma organizada os seus ascendentes e descendentes.
Este é um instrumento importante no processo genealógico, pois é uma maneira de levantar dados sobre os ancestrais dos membros que tiveram participação na construção familiar de uma pessoa, de maneira que fiquem estabelecidas as conexões entre esses indivíduos.
Normalmente, a árvore genealógica é utilizada para comprovar a ancestralidade de uma determinada família, determinando sua linhagem.
Através desta representação, é possível conhecer a origem familiar e detectar a origem de anomalias, problemas de saúde e doenças genéticas. A árvore genealógica serve de base para estudos destas doenças de cunho genético.

Como construir uma árvore genealógica

Para fazer a construção da árvore genealógica é necessário descobrir de onde vieram os seus ancestrais, o que pode ser feito buscando a origem dos sobrenomes do pai e da mãe de um indivíduo.
As pesquisas são feitas levando em conta aspectos como seus nomes e, algumas vezes, datas e lugares de nascimento, documentos importantes, registros, casamento, fotos e falecimento.
Normalmente, ela é iniciada com o nome do ancestral mais antigo que se conseguiu dados e partir desta pessoa, tem-se também informações dos seus descendentes até chegar ao membro mais novo da família ou na pessoa de interesse.
Quando o indivíduo que constrói a árvore genealógica é da própria família, ele é chamado de probandus ou de cujus.
Exercício.  Pesquise o mais possível para construir sua árvore genealógica.  Você vai compartilhar com seus parceiros essa árvore de forma oral, obviamente você pode construir sua árvore do jeito que você achar mais adequado e apresentá-la com o apoio de um cartaz. A apresentação será na quarta 10 de outubro e na quinta-feira, 11 de outubro, na sala de aula; antes vamos revisar o léxico relacionado com família.

sábado, 1 de septiembre de 2018

CANTORES LUSÓFONOS










Amália Rodrigues, a embaixadora dos portugueses ...

‘Movimento’ Aline Frazão // Music FramesCesaria Evora ACONTECE: Confirmado show de Caetano Veloso no Recife

Oi pessoal, 



Desejo estejam passando um bom fim-de-semana.  



Esta vez vamos conhecer alguns cantores do mundo lusófono.



Exercício 1. Leiam as biografias dos cantores a seguir. Depois coloquem um comentário no blog.

Exercício 2. Procurem informação sobre outros cantores para apresentar na quarta-feira na sala de aula.



Caetano Veloso

Nascido em Santo Amaro no recôncavo baiano em 07 de agosto de 1942, Caetano Emanuel Viana Teles Veloso é filho do funcionário dos Telégrafos e Correios José Teles Velloso – “Seu Zezinho” (in memórian) e dona Claudinor Viana Teles Velloso, carinhosamente “Dona Canô” (in memórian).

Os pais de Caetano Veloso tiveram 07 filhos sendo ele o quanto filho desta numerosa família baiana.

Na família de Caetano os maiores destaques foram ele e sua irmã mais nova Maria Bethânia. O jovem Caetano Veloso estava decidido a ser um homem do cinema, mas aos 16 anos descobriu a música ao ouvir aquele que se tornaria seu ídolo João Gilberto.




Carlinhos Brown

Nascido em Salvador no dia 23 de novembro de 1962 desde muito cedo Carlinhos Brown engajou no mundo da música e se tornou respeitado percussionista.

O nome artístico de Carlinhos em que utiliza o sobrenome Brown, segundo ele, é uma homenagem ao cantor norte – americano James Brown. O cantor é filho de Renato Freitas e Madalena Santos.

Embora suas raízes musicais estejam ligados aos ritmos afro-brasileiros e cresceu nos terreiros de candomblé e umbanda o artista, logo no início da carreira, chegou a integrar uma banda de Rock.






Maria Bethânia

A biografia de Maria Bethânia se confunde com a da música, literatura, teatro e cultura do país de forma geral. Falar em brasilidade e cultura sem mencionar Bethânia é não dizer nada e nem desenvolver nada.

Nascida em Santo Amaro, recôncavo baiano, em 18 de junho de 1946 a cantora, compositora, escritora e poetisa Maria Bethânia Viana Teles Veloso é filha do célebre casal José Teles Veloso “Seu Zezinho” e Claudionor Viana Teles Veloso “Dona Canô”.

Evidentemente percebe-se que Bethânia é irmã o também célebre e não menos importante cantor e compositor Caetano Veloso. Inclusive, o nome de Maria Bethânia foi escolhido por Caetano inspirado na valsa Maria Bethânia de Capiba, cantada por Nelson Gonçalves.

A carreira de Maria Bethânia começa com o teatro ao lado do irmão Caetano Veloso, mas foi a partir de suas apresentações musicais que despertou a atenção da comunidade artística. A célebre artista Nara Leão convidou Bethânia para se apresentar no Rio de Janeiro em sua peça substituindo-a após esta ficar enferma. Foi a partir de então que Maria Bethânia teve reconhecimento nacional, sobretudo, ao gravar pela RCA grandes sucessos.




Cesária Évora nasceu a 27 de Agosto de 1941 na cidade de Mindelo, em Cabo Verde. Filha de Justino da Cruz Évora tocador de cavaquinho e violão e de Dª Joana, o grande e eterno amor da sua vida. A cantora é considerada a "embaixadora da morna", tendo editado 24 discos, entre originais, ao vivo e em parceria com outros artistas de vários países.

Cize, para os amigos anunciou o término da sua carreira musical no passado dia 23 de Setembro, depois de 45 anos de carreira a cantar Cabo Verde pelo mundo.

A 17 de Dezembro de 2011, a Diva da Morna faleceu aos 70 anos, deixando Cabo Verde e o mundo consternado com a sua morte, na mesma cidade que a viu nascer e traçou-lhe o destino para a morna.

A 8 de Março de 2012, o Aeroporto Internacional de São Pedro (São Vicente) foi renomeado para Aeroporto Internacional Cesária Évora. À entrada da aerogare do aeroporto foi construída uma praceta onde passa a estar uma estátua de três metros de altura da falecida cantora. O monumento é da autoria do artista plástico Domingos Luísa.

 Amália da Piedade Rodrigues  é uma cantora, actriz e fadista, portuguesa, geralmente aclamada como a voz de Portugal e uma das mais brilhantes cantoras do século XX. Está sepultada no Panteão Nacional, entre os portugueses ilustres.

Tornou-se conhecida mundialmente como a Rainha do Fado e, por consequência, devido ao simbolismo que este género musical tem na cultura portuguesa, foi considerada por muitos como uma das suas melhores embaixadoras no mundo. Aparecia em vários programas de televisão pelo mundo fora, onde não só cantava fados e outras músicas de tradição popular portuguesa, como ainda canções contemporâneas (iniciando o chamado fado-canção) e mesmo alguma música de origem estrangeira (francesa, americana, espanhola, italiana, mexicana e brasileira). Marcante contribuição sua para a história do Fado, foi a novidade que introduziu de cantar poemas de grandes autores portugueses consagrados, depois de musicados, de que é exemplo a lírica de Luís de Camões ou as cantigas e trovas de D. Dinis. Teve ainda ao serviço da sua voz a pena de alguns dos maiores poetas e letristas seus contemporâneos, como David Mourão Ferreira, Pedro Homem de Mello, José Carlos Ary dos Santos, Alexandre O'Neill ou Manuel Alegre. Rodrigues falava e cantava em castelhano, galego, francês, italiano e inglês.

Em 1943 iniciou sua carreira internacional, actuando no Teatro Real de Madrid. Entre 1944 e 1945, ficou 8 meses em cartaz no Casino Copacabana. Sua estreia no cinema deu-se em 1947, com o filme Capas Negras, considerado um marco no cinema europeu e latino, tendo ficado mais de um ano em cartaz e sendo o maior sucesso do cinema lusitano até hoje. A canção "Coimbra", atingiu a segunda posição da tabela Billboard Hot 100, da revista estadunidense Billboard, em 1952. Em maio de 1954, Amália foi capa da mesma revista estadunidense, pois o álbum Amália in Fado & Flamenco atingiu a primeira posição entre os mais vendidos nos Estados Unidos. Neste mesmo ano, actuou no Radio City Music Hall em Nova Iorque por 4 meses. Na década de 1970, embora estivesse no auge da sua fama internacional, sua imagem em Portugal foi afetada por falsos rumores de que Amália tinha ligações com o regime do ditador António de Oliveira Salazar. Na verdade, o ditador censurou muitos de seus fados. Amália reconquistou a popularidade com o povo português, cantou o hino da Revolução dos Cravos, a canção "Grândola Vila Morena" e deu dinheiro para o Partido Comunista Português clandestinamente.

Até à sua morte, em outubro de 1999, 170 álbuns haviam sido editados com seu nome em 30 países, vendendo mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo, número 3 vezes maior que a população de Portugal.



Aline Frazão (Luanda, Angola em 17 de Junho de 1988) é uma cantora, compositora e produtora angolana.

Pisou o palco pela primeira vez com 9 anos e, desde essa altura, cantou vários estilos de música como Fado, MPB, Jazz e músicas tradicionais de Angola e Cabo Verde. Com 15 anos, começou a escrever as primeiras canções, tocando a guitarra com influências que vinham do Brasil, em especial da Bossa nova.

Aos 18, mudou-se para Lisboa, Portugal, ingressando no curso de Ciências da Comunicação, intercalando a faculdade com participações em diversos projetos de música e teatro.

Seguiu-se uma viagem que passou por Barcelona, Madrid e Santiago de Compostela na Espanha.

Na capital espanhola, começou a fazer concertos acústicos solo em bares e salas, interpretando versões de clássicos da música angolana, cabo-verdiana e brasileira, além de temas autorais. Procurando unir duas paixões - viajar e cantar -, Aline apresentou-se em diversas cidades, como Paris, Dublin, Lisboa, Luanda, Bruxelas, Londres e Buenos Aires



Retirado da internet.




viernes, 13 de abril de 2018

POETAS DO MUNDO LUSÓFONO



Oi pessoal,
Vamos continuar nossa macro-tarefa sobre poesia.  Para isso continuaremos conhecendo poetas do mundo lusófono.  Lembrem-se que em breve vocês também serão poetas!

Exercício. Leiam os dados sobre a vida e obra dos poetas e logo alguns poemas dos poetas aqui apresentados.  Depois postem seus comentarios no blog antes da quarta-feira, 18 de abril. Vocês podem procurar outros poemas destes três autores e levá-los para a aula de quarta-feira.








Cora Coralina é uma das mais importantes poetisas da literatura brasileira. Seu primeiro livro foi publicado em 1965, quando ela já tinha mais de 70 anos de idade. Suas palavras sábias e ao mesmo tempo doces conquistaram milhares de leitores por falar de temas como amadurecimento, tempo, sabedoria e amor à vida. Selecionamos aqui algumas de suas melhores palavras que falam justamente sobre a sabedoria que o tempo nos confere, e que sempre devemos aceitar com os aprendizados, nos tornando pessoas melhores e mais sábias. Veja, se emocione e compartilhe...

      
Mulher da Vida

Mulher da Vida,
Minha irmã.
De todos os tempos.
De todos os povos.
De todas as latitudes.
Ela vem do fundo imemorial das idades
e carrega a carga pesada
dos mais torpes sinônimos,
apelidos e ápodos:
Mulher da zona,
Mulher da rua,
Mulher perdida,
Mulher à toa.
Mulher da vida,
Minha irmã.’
(Poemas de Goiás e Estórias Mais, p.201, 1996)


A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.

Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade (1902–1987) foi um poeta brasileiro. "No meio do caminho tinha uma pedra / tinha uma pedra no meio do caminho". Este é um trecho de uma das poesias de Drummond, que marcou o 2º Tempo do Modernismo no Brasil. Foi um dos maiores poetas brasileiros do século XX.
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) nasceu em Itabira de Mato Dentro, interior de Minas Gerais, no dia 31 de outubro de 1902. Filho de Carlos de Paula Andrade e Julieta Augusta Drummond de Andrade, proprietários rurais. Em 1916, ingressou em um colégio interno em Belo Horizonte. Doente, regressou para Itabira, onde passou a ter aulas particulares. Em 1918, foi estudar em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, também no colégio interno.
Em 1921, começou a publicar artigos no Diário de Minas. Em 1922, ganha um prêmio de 50 mil réis, no Concurso da Novela Mineira, com o conto "Joaquim do Telhado". Em 1923 matricula-se no curso de Farmácia da Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte. Em 1925 conclui o curso. Nesse mesmo ano casa-se com Dolores Dutra de Morais. Funda "A Revista", veículo do Modernismo Mineiro.

Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.




Ausencia
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

      



 
 

Clarise Lispector nasceu na Ucrânia, na aldeia Tchetchenilk, no ano de 1920. Os Lispector emigraram da Rússia para o Brasil no ano seguinte, e Clarice nunca mais voltou á pequena aldeia. Fixaram-se em Recife, onde a escritora passou a infância. Clarice tinha 12 anos e já era órfã de mãe quando a família mudou-se para o Rio de Janeiro. Entre muitas leituras, ingressou no curso de Direito, formou-se e começou a colaborar em jornais cariocas. Casou-se com um colega de faculdade em 1943. No ano seguinte publicava sua primeira obra: “Perto do coração selvagem”. A moça de 19 anos assistiu à perplexidade nos leitores e na crítica: quem era aquela jovem que escrevia "tão diferente"? Seguindo o marido, diplomata de carreira, viveu fora do Brasil por quinze anos. Dedicava-se exclusivamente a escrever. Separada do marido e de volta ao Brasil, passou a morar no Rio de Janeiro. Em 1976 foi convidada para representar o Brasil no Congresso Mundial de Bruxaria, na Colômbia. Claro que aceitou: afinal, sempre fora mística, supersticiosa, curiosa a respeito do sobrenatural. Em novembro de 1977 soube que sofria de câncer generalizado. No mês seguinte, na véspera de seu aniversário, morria em plena atividade literária e gozando do prestígio de ser uma das mais importantes vozes da literatura brasileira.


Solidão

Clarice Lispector



Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.


Saudade
Saudade é um pouco como fome.
Só passa quando se come a presença.
Mas às vezes a saudade é tão profunda
que a presença é pouco:
quer-se absorver a outra pessoa toda.
Essa vontade de um ser o outro
para uma unificação inteira
é um dos sentimentos mais urgentes
que se tem na vida.







viernes, 9 de marzo de 2018

Projetos sutentáveis

Boa tarde pessoal,

Na próxima semana vamos começar o trabalho da macro-tarefa "Argumentar sobre a viabilidade de um projeto: ecológico, étnico, antropológico, de saúde, entre outros".

Tomando em conta as apresentações orais de vocês, nas quais mostraram os objetivos das diferentes disciplinas, considero que vocês têm todos os elementos para propor um projeto viável que pudesse ser focado nos estudantes universitários da UNAM.

Para iniciar nosso trabalho peço-lhes assistir os seguintes vídeos em Youtube:

1. Voluntariado como fazer um projeto. Fátima Carvalho. 5:58'
2. Viver ciência - Segurança nas universidades. 25:11'
3. Como fazer projetos verdes e sustentáveis. 6:46'
4. Projeto saúde na escola. TVRecordLNiza. 4:28'
5. Segurança nos projetos sociais e culturais. 3:56

Depois de assistir os vídeos, postem um comentário no blog antes da quarta-feira, 14 de março de 2018.

Desejo-lhes um ótimo fim-de-semana.

domingo, 18 de febrero de 2018

CONTO, CRÔNICA E ROMANCE

Oi pessoal,


Vamos ler um pouco acerca das diferenças entre "conto", "crônica" e "romance".

Exercício.  Depois de ler o artigo, assista o vídeo "Os cem melhores contos brasileiros do século" (Nathália Mondo em Youtube), e logo poste um comentário no blog, antes da quarta-feira.


 Conto
O conto caracteriza-se por ser uma narrativa curta, um texto em prosa que dá o seu recado em reduzido número de páginas ou linhas. Apresenta como sua maior qualidade os fatores concisão e brevidade. Deve produzir em quem o lê, um efeito de impacto. Esse efeito tanto pode resultar da natureza insólita do que foi contado, da feição
surpreendente do episódio ou do modo como foi contado. Esta brevidade, porém, não pode comprometer a qualidade do texto, que deve cumprir o seu papel junto ao leitor com a mesma competência dos contos mais longos. O conto é do prisma de sua história e de sua essência, a matriz da novela e do romance, mas isto não significa que deva, necessariamente, transformar-se neles. Como a novela e o romance, é irreversível: jamais deixa de ser conto a narrativa que como tal se engendra. Trata-se, pois, de uma narrativa unívoca, univalente. Constitui uma unidade dramática, uma célula dramática.
Portanto, contém um só conflito, um só drama, uma só ação; unidade de ação. Todos os ingredientes do conto levam a um mesmo objetivo, convergem para o mesmo ponto. Assim, a existência dum único conflito, duma única “história” está intimamente relacionada com essa concentração de efeitos e de pormenores; o conto aborrece as digressões, as divagações, os excessos. Ao contrário, exige que todos os seus componentes estejam galvanizados numa única direção e ao redor dum só drama. Quanto a esse objetivo exclusivo para o qual deve tender a fabulação, podemos compreendê-lo considerando o seguinte: a soma dos objetivos, parciais e absolutos, que vamos tendo pela vida a fora, poderia dar uma série de pequenos dramas. A unidade de ação condiciona as demais características do conto. Assim, a noção de espaço é a primeira que cabe examinar. O lugar geográfico, por onde as personagens circulam , é sempre de âmbito restrito. À noção de espaço segue-se imediatamente a de tempo.
E aqui também se observa igual unidade. Com efeito, os acontecimentos narrados no conto podem se dar em curto lapso de tempo já que não interessam o passado e o futuro, as coisas se passam em horas, ou dias. O conto caracteriza-se por ser objetivo, atual, vai diretamente ao ponto, sem deter-se em pormenores secundários. Essa objetividade salta aos olhos com as três unidades: de ação, lugar e tempo. Tratando-se das personagens, poucas são as que intervém no conto, como decorrência natural das características apontadas: as unidades de ação, tempo e espaço. Só não parece possível o conto com uma única personagem: ainda que uma só apareça, outra figura deve estar atuando direta ou indiretamente, ou vir a atuar na formulação do conflito de que nasce a história.
A linguagem em que o conto é vazado também deve ser objetiva, plástica e utilizar metáforas de curto espectro, de imediata compreensão para o leitor; despede-se de abstração e de toda preocupação pelo rendilhado ou pelos esoterismos. O conto quer-se narrado em linguagem direta, concreta, objetiva. Dentre os componentes da linguagem do conto, o diálogo, sendo o mais importante de todos, merece ser referido em primeiro lugar. O conto por seu estofo eminentemente dramático deve ser, tanto quanto possível dialogado. De acordo com as diferentes formas que se apresentam os contos, ou seja, a proporção interna em que serão trabalhadas as unidades,  podemos definir cinco tipos de contos: o conto de ação, é um conto onde predomina basicamente a aventura, o que não significa a ausência total dos demais componentes.
É um tipo de conto linear e menos importante do que os outros, embora seja quantitativamente mais frequente; o conto de personagem é menos comum e totalmente centrado no exame da personagem, mas nunca deixando de obedecer a conjuntura própria do conto, visando sua unidade; o conto de cenário é raro. A tônica dramática transfere-se para o espaço, o ambiente. Este torna-se praticamente o herói do conto; o conto de ideia, embora o escritor se utilize de personagens, conflito, etc., serve para mostrar uma visão de mundo, ou seja, é um instrumento da ideia que pretende transmitir; o conto de emoção tem o objetivo de transmitir uma emoção ao leitor e geralmente vem mesclado ao da ideia.
Crônica
Crônica é uma narração. Uma história curta. É um gênero literário produzido para livros, jornais, internet, entre outros veículos de comunicação. Crônica tem como mote o cotidiano.
Possui algumas características. Pode ser escrita tanto na primeira como na terceira pessoa. Ser sentimental ou despojada, sempre coloquial. Ter sido inspirada em fatos reais ou fictícios. Possuir uma linguagem irônica, séria ou humorística. Independente de desfecho.
É derivada do latim ‘chronica’ – antes mesmo da era cristã significava ‘relato de acontecimentos em ordem cronológica’. Simplificando: seria um breve registro de eventos.
Com o tempo, começou a ganhar força. Há dois séculos, com o desenvolvimento da imprensa, a crônica começou a frequentar as páginas dos jornais. Conta a história, teria ela aparecido pela primeira vez no final do século XVI, em um jornal parisiense. Eram textos que comentavam fatos reais, de acontecimentos ocorridos nos últimos dias na bela cidade europeia.
Chegou ao Brasil na segunda metade do século XIX. Diferenciava-se pouco com os publicados na França. José de Alencar foi um dos pioneiros a aderir a esse tipo de texto. Chegou a ser considerada uma ‘literatura menor’.
O tempo foi passando e outros foram seguindo o caminho – um deles – tomado pelo autor de O Guarani (1870), Iracema (1875), entre outros.
O tempo foi passando e a crônica passou a fazer parte do dia-a-dia dos leitores no Brasil, diferenciando-se do estilo francês, ganhando identidade própria.
Romance
A morte do romance tem sido anunciada ao longo dos tempos. Desde o começo do século 20, por exemplo, quando George Lukács viu a narrativa se distanciando da epopeia e, por isso mesmo, perdendo forças. Depois reviu a posição. Nesse mesmo tempo, o texto de ficção passou por muitas experiências, entre as mais notáveis no Ulisses, de Joyce, e no Em busca do tempo perdido, de Proust, no movimento latino-americano, que revelou García Márquez e Mario Vargas Llosa, até chegar ao medíocre romance norte-americano de hoje, que envolve ainda os grandes vendedores.
Neste momento, portanto, a ficção se dilacera entre a obra de arte e a obra voltada apenas para o leitor, transformada em mercadoria. Aliás, os próprios autores norte-americanos tentaram reunir nas suas narrativas as técnicas do romance policial e a história compra-e-vende dos europeus, para combater, por exemplo, os árabes e indianos, que escrevem - e são educados - em inglês. O mercado se diversifica, numa clara estratégia de mercado, o que não é de todo ruim: afinal, alguém tem de vender para sustentar as editoras.
Então nós temos aí duas realidades incontestáveis: a arte e o mercado. Como, então, devem se comportar os escritores? Em primeiro lugar não se preocupando com a questão das vendas, o que deve interessar somente aos editores. Afinal, eles vivem disso. E os escritores não vivem disso? É a segunda parte desta reflexão e que me interessa muito. As vanguardas exauriram a narrativa, até pela própria natureza de movimento literário. Mas só pode haver mudança através das vanguardas? Acredito, sinceramente, que não. No entanto, devemos encontrar um caminho que também possibilite a sobrevivência do romance. E ela se dá entre a simplicidade e a sofisticação, tema do meu próprio livro sobre o assunto: As estratégias do narrador, que deve ser publicado logo pela  Iluminuras.
Na simplicidade, o romance deve chegar aos olhos do leitor com tal leveza que não exija nenhum tipo de quebra-cabeça, tornando-se cada vez mais leve. Aí está o segredo. No entanto, isto não quer dizer que o escritor abdicará das técnicas interiores, que se revelarão na sofisticação. Esse caminho, aliás, já estava sendo preparado por Machado de Assis, sobretudo nos contos, e em Dom Casmurro, um dos romances mais bem elaborados do final do século 19 e começo do 20 equiparando-se ao que de melhor se escreveu na Europa. Não é sem razão que Harold Bloom escreveu: "Machado de Assis é um milagre". E que Susan Sontag, surpreendida a cada palavra, dizia que a escrita daquele mulato carioca era tão sofisticada que não podia entender o fato de ele nunca ter se afastado do Rio de Janeiro mais do que alguns quilômetros. Ai reside um tanto de preconceito.  Mas,  tudo bem.
Simplicidade e sofisticação. É claro que ninguém vai imitar Machado nem se quer revolucionar o romance - isso está fora de cogitação. Mesmo assim, chamo a atenção para o fato de que ele pode ser lido por todos, sem qualquer problema. Dois dos seus contos chamam a atenção justamente por causa da simplicidade e da sofisticação: O Machete e Um homem célebre. Embora Missa do Galo tenha se tornado o mais famoso, e reescrito até a exaustão, esses dois reúnem elementos que podem apaixonar qualquer leitor comum - pela simplicidade -, sem deixar de lado aquilo que de mais notável pode se escrever, recorrendo a técnicas de montagem e de desenvolvimento de enredo.
Só para lembrar: O Machete começa pela técnica do personagem ilustrativo, na figura do pai de Inácio Ramos - o personagem central - para desaparecer imediatamente no segundo parágrafo, sabendo-se apenas que ele morreu. Nada mais sutil. Naquele primeiro parágrafo que pode - reitero - ser lido por qualquer um há uma carga técnica impressionante. O personagem - o pai - ilustra o caráter de Inácio Ramos - o personagem - sem cair no lugar-comum e possibilitando uma leitura agradável.
Pelos movimentos internos demonstra-se que a relação pai e filho não é afetiva, embora não diga isso em lugar algum. É possível perceber o afeto e o entusiasmo quando aparecem, logo em seguida, o velho músico alemão e a mãe, esta sim, tratada com muito carinho, e colocada em oposição ao pai. Sem que o narrador tenha que dizer. A leitura, por si só, revelará os sentimentos.
Isso quer dizer: técnica. Não é regra - lembro sempre: não existem regras para a ficção. Mas um caminho a que o escritor pode ou não recorrer para o estudo. Nada mais do que isso. Sem encrencas nem debates. Tenho o maior respeito pelos que divergem de mim. Só quero pensar. Talvez discutir. Mas todos têm razão. E isso é o que importa: o amor pelo romance. Enfim, pela escrita. Por isso mesmo, encontro aí motivos suficientes para que se possa trabalhar o romance, cujos caminhos são cada vez mais ricos, mesmo que se recorra, em certo sentido, ao passado.
Fonte:
pt.shvoong.com
www.ricardonascimento.net
rascunho.rpc.com.br