sábado, 1 de octubre de 2016

História do Brasil

 Oi pessoal,

Eis aqui um texto breve sobre a história do Brasil.  Leiam-no e coloquem seu comentário no blog antes da próxima quarta-feira, 5 de outubro. Vocês podem procurar maior informação, naveguem pela internet.

A História do Brasil é dividida, consensualmente e para fins didáticos, em três períodos principais: Período Colonial, Período Imperial e Período Republicano. Entretanto, tais divisões existem apenas para organizar esquematicamente os principais conteúdos sobre a formação do Brasil, tendo como ponto de partida o ano do descobrimento, isto é, 1500. Entretanto, é sabido que, no território em que se “formou o Brasil”, havia, antes, várias tribos nativas com aspectos culturais muito particulares. Mesmo antes da formação dessas tribos, houve também povos primitivos que deixaram os vestígios de sua cultura em vários lugares do território brasileiro (Veja Pré-história brasileira) há milhares de anos.
A esse período da História do Brasil cujo tema central é o estudo dos povos nativos, isto é, dos povos indígenas, dá-se o nome de Período Pré-Cabralino. Essa nomenclatura faz referência a Pedro Álvares Cabral, cuja chegada em terras brasileiras é considerada o marco inaugural da História do Brasil. A partir de então, de 1500 em diante, sobretudo a partir da década de 1530, teve início a fase do Brasil Colônia.
O Brasil começou a ser efetivamente colonizado em razão da preocupação que Portugal passou a ter com as ameaças de invasões das terras brasileiras por outras nações, como viriam a ocorrer décadas depois. O primeiro sistema de ocupação e administração colonial foi o das Capitanias Hereditárias, que, posteriormente, foi regido pelo Governo Geral, que tinha o objetivo de organizar melhor a ocupação do território, bem como desenvolvê-lo. O período do Brasil Colonial estendeu-se até o início do século XIX, especificamente até 1808, quando a Família Real veio para o Brasil e integrou-o ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Foi nesse período em que se desenvolveram a economia e a sociedade açucareira e, depois, a economia e a sociedade mineradora. Dataram ainda do período Colonial as várias Rebeliões Nativistas e Rebeliões Separatistas, merecendo destaque especial a Inconfidência Mineira.
Em 1822, teve início a fase do Brasil Império, ou Período Imperial. Desde a vinda da Família Real (1808) para o Brasil até 1822 houve intensas transformações políticas tanto no Brasil quanto em Portugal, que acabaram por conduzir as elites brasileiras e o Príncipe D. Pedro I a declararem o Brasil um Império independente. Após a estruturação do Império, seguiu o Período Regencial, período esse marcado pelo governo dos regentes daquele que se tronou o segundo imperador brasileiro, Dom Pedro II, que, à época em que o pai deixou o poder (1831), ainda não estava em idade hábil para governar o país. O Segundo Reinado só começou de fato no ano de 1840, estendendo-se até 1889, ano da Proclamação da República. Um ano antes, ainda sob a vigência do Império, foi decretada a Abolição da Escravatura.
A partir de 15 de novembro de 1889, teve início o período do Brasil República. Esse período caracterizou-se pela montagem de uma estrutura política completamente diversa daquela do Império. A busca pela efetividade dos ideais políticos republicanos, influenciados pelo positivismo, guiou a formação da república brasileira, que se dividiu, esquematicamente, entre República Velha (1889-1930), cujas rebeliões que nela ocorreram merecem destaque; Era Vargas (1930-1945), que foi marcada pelo longo governo do político gaúcho Getúlio Dornelles Vargas; fase da República Populista (1945-1964), que se situou no período inicial da Guerra Fria e caracterizou-se pela estrutura política baseada no fenômeno do populismo; e, por fim, a fase dos Governo Militares (1964-1985), marcada pelo Golpe Militar de 31 de março de 1964 e, depois, pelo Ato Institucional nº5, de 13 de dezembro de 1968, que estendeu o regime militar (com cassação de direitos políticos e liberdades individuais) até o ano de 1985.
Ainda há a fase do Brasil Atual, que é estudada de acordo com as pesquisas mais recentes que são feitas sobre a conjuntura política, sociocultural e econômica do Brasil dos últimos 30 anos.

martes, 30 de agosto de 2016

QUEM SAO OS BRASILEIROS?

Oi pessoal,

Sabemos que o mundo lusófono está presente em diferentes países de vários continentes, daí que resulte complexo compreender como cada um desses países faz parte desse mundo tão diverso culturalmente.  Visto que vocês estão começando se aproximar da cultura lusófona, neste semestre vamos iniciar nossa viagem pelo Brasil.  Hoje vamos ler um pouco acerca de quem são os brasileiros e aos poucos iremos viajando através de cada região brasileira.

Os brasileiros formam uma nacionalidade ligada de forma indissociável ao Estado brasileiro, ou seja, a característica fundamental de um brasileiro é sua ligação com a República Federativa do Brasil. Como é característica dos países do Novo Mundo, os brasileiros não formam um grupo étnico homogêneo, portanto não existindo, na antropologia tradicional, uma etnia brasileira. Um brasileiro pode ser também uma pessoa nascida em outro país de um pai brasileiro ou mãe brasileira ou um estrangeiro morando no Brasil, que solicitou a cidadania brasileira. No período que se seguiu à descoberta do território brasileiro por Portugal, durante boa parte do século XVI, o vocábulo "brasileiro" foi dado aos comerciantes portugueses de pau-brasil, designando exclusivamente o nome de tal profissão, visto que os habitantes da terra eram, na sua maioria, índios, ou portugueses nascidos em Portugal, ou no território agora denominado Brasil. No entanto, desde muito antes da independência do Brasil, em 1822, tanto no Brasil como em Portugal, já era comum se atribuir o gentílico "brasileiro" a uma pessoa, normalmente de clara ascendência portuguesa, residente ou cuja família residia no Brasil colônia (1530-1815), pertencente ao Império Português. Durante a vigência do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815-1822), no entanto, houve confusões quanto à nomenclatura.

Grupos étnicos
A população brasileira é formada principalmente por descendentes de povos indígenas, colonos portugueses, escravos africanos e diversos grupos de imigrantes que se estabeleceram no Brasil, sobretudo entre 1820 e 1970. A maior parte dos imigrantes era de italianos e portugueses, mas houve significante presença de alemães, espanhóis, japoneses sírio-libaneses, poloneses e ucranianos.
Ressalta-se também que uma pesquisa genética realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais apontou que em torno de 19% dos brasileiros brancos naturais da região nordeste são portadores do haplogrupo 2, o qual é menos comum em Portugal. O estudo levanta a teoria que isso pode ser resultado da presença holandesa na região. Segundo o historiador Eduardo Fonseca Jr, 80 mil holandeses estiveram no Brasil durante a invasão e alguns nordestinos são descendentes deles.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) classifica o povo brasileiro entre cinco grupos: branco, preto, pardo, amarelo e indígena, baseado na cor da pele ou raça. Quem declara sua cor ou raça é o próprio entrevistado. O censo nacional de 2010 realizado pelo IBGE encontrou o Brasil sendo composto por 91 milhões de brancos, 82,2 milhões de pardos, 14,5 milhões de negros, 2,1 milhões de amarelos e 817 mil indígenas.

A composição étnica dos brasileiros não é uniforme por todo o País. Devido ao largo fluxo de imigrantes europeus no Sul do Brasil no século XIX, a maior parte da população é branca: 78,47%. No Nordeste, em decorrência do grande número de africanos trabalhando nos engenhos de cana-de-açúcar, o número de pardos e negros forma a maioria, 59,44% e 9,53%, respectivamente. No Norte, largamente coberto pela Floresta Amazônica, a maior parte das pessoas é de cor parda (66,88%), devido ao importante componente indígena.No Sudeste e no Centro-Oeste as porcentagens dos diferentes grupos étnicos são bastante similares.

adaptado de: https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasileiros

Exercício.  Depois de ter lido o texto, coloque um comentário no blog antes da sexta-feira, 2 de setembro de 2016.  



sábado, 20 de agosto de 2016

A LUSOFONIA

Oi pessoal,

Vamos continuar nossa viagem para aproximar-nos pouco a pouco a cultura lusófona.

Exercício.  Leia o texto abaixo, depois escute o Hino da Lusofonia em https://estudamosportugues.wordpress.com/a-lusofonia/  

Logo procure mais informações sobre a Lusofonia e leve-as para a sala de aula na quarta-feira, 22 de agosto de 2016 para compartilhar com seus colegas. 

A Lusofonia

Origem
Em 1249 as fronteiras de Portugal no continente europeu estabilizaram-se em forma quase idêntica à que conhecemos hoje.  Pareceria que nenhuma cousa importante aconteceu nos séculos que decorreram desde então.
Porém, nada mais longe da realidade.  A partir de 1415 Portugal iniciou uma expansão através do mar, conquistando territórios em todos os continentes e multiplicando a sua área por mais de cem vezes; o primeiro dos impérios coloniais da era dos descobrimentos.
Mas para todos os territórios que Portugal colonizou, afinal chegou a descolonização.  Alguns territórios foram trocados em tratados, como Filipinas ou Uruguai; outros anexados por outras nações, como Goa ou Macau; e outros independentizados, como o Brasil na década de 1820 e o resto na década de 1970.  Seis séculos depois, a nação portuguesa retornou ao ponto de partida.
Contudo, de esse desaparecido Ultramar Português, uma herança ficou: um conjunto de povos de todo o mundo, cá e lá, nos que a língua e cultura portuguesas arraigaram para sempre.  Essa é a Lusofonia.
Territórios
Países nos que o português é língua oficial:
  • Angola
  • Brasil
  • Cabo Verde
  • Guiné-Bissau
  • Guiné Equatorial
  • Moçambique
  • Portugal
  • São Tomé e Príncipe
  • Timor-Leste
Regiões de outros países nas que o português é língua cooficial:
  • Goa (Índia)
  • Macau (China)
E não esqueçamos à Galiza (Espanha), onde fala-se o galego.
Dia da Cultura Lusófona
O Dia da Cultura Lusófona, convocado pela CPLP, celebra-se em todo o mundo o 5 de Maio.
Hino da Lusofonia
A Lusofonia não tem hino oficial, mas lembramos-nos cá do hino criado por Luís Pedro Fonseca para os Jogos da Lusofonia:
Não há terra nem há mar
Que consigam separar
Povos que falam o idioma
Do coração
Não há tempo nem distância
Que apaguem a fragrância
Dos laços da amizade
Que perdura
Não há credo
Nem há cor
Que abalem o ardor
Desta grande família
Que mora em todo o mundo
Vamos juntos celebrar
Este encontro singular
E viver intensamente
A nossa ligação
Gentes da lusofonia
Espalhem a vossa emoção
E a vossa alegria
Gentes da lusofonia
Partilhem a vossa paixão
E sabedoria
Há sabores e perfumes
E mistura nos costumes
Que nos vão fazer
Sentir a união
Vamos estreitar os laços
Estender os nossos braços
E viver momentos
De franca comunhão

sábado, 13 de agosto de 2016

AS ORIGENS DA LÍNGUA PORTUGUESA



Oi pessoal,

Na sexta-feira passada nós assistimos uma parte do documentário "Língua, vidas em português".  Para conhecer um pouco mais acerca da língua portuguesa, vamos ler o texto a seguir.  Antes da quarta-feira coloquem seu comentário (breve), esse dia vamos continuar conversando sobre as origens da língua portuguesa. Para isso, peço-lhes buscar outras informações sobre o tema  na internet
  

História da origem de nosso idioma

O latim, inicialmente, era o idioma falado no antigo Império Romano, mas possuía “subdivisões”, estas eram:
  • O latim clássico: que era mais polido e mais culto, usado pelas classes dominantes do império, e também por poetas, senadores, filósofos, etc.
  • O latim vulgar: era um latim mais acessível ao povo, utilizado pelas classes consideradas mais baixas.
Daí surge a pergunta “Então por que a língua portuguesa não veio do latim clássico?”, a resposta está na época em que os conquistadores romanos dominaram a península Ibérica. Pois eles não introduziram o latim clássico, e sim o latim vulgar, que acabou originando todas as línguas posteriores naquela região – não só o português.

E PORTUGAL?

Após todo o processo de invasão de bárbaros na península Ibérica, depois da romanização destes bárbaros, passadas as lutas entre os mouros e cristãos e a proclamação de independência pelo rei Dom Afonso Henriques, Portugal via sua sociedade sendo formada durante o processo de transição do feudalismo (que se encontrava em crise) para as atividades econômicas, sendo assim, a nação “florescia” numa época de grande crescimento urbano, o que acabou transformando aquela sociedade que ainda nem estava definida.
Quanto ao latim vulgar em Portugal, foi passando por transformações, sendo mesclado ao dialeto local, adquirindo suas próprias características. Este latim, no local, não desprezava as diversas línguas faladas ali antes do domínio romano. Portanto, era inevitável que a língua portuguesa não tivesse sofrido inúmeras variações antes de chegar ao que conhecemos nos dias de hoje. A história do português é dividida em 3 fases, sendo elas:
  • Fase proto-histórica: período antes do século XII, onde os textos eram escritos em latim bárbaro.
  • Fase do português arcaico: corresponde ao período do século XII ao XVI e é subdividido em dois. O primeiro período foi quando os textos eram escritos em galego-português. E o segundo período caracteriza a separação do galego e do português.
  • Fase do português moderno: começa no século XVI, quando finalmente a língua portuguesa começa a se uniformizar, deixando as inúmeras variações de lado.

A expansão da língua portuguesa

Durante o importante período de expansão territorial lusitana – entre os séculos XV e XVI, o português foi levado para outros continentes, aliás, para todos eles. Porém, mesmo após essa visita, a língua portuguesa se “instalou” apenas em alguns locais. É língua oficial no Brasil, Angola, República Democrática de São Tomé e Príncipe, Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde. Nestes locais, apesar das variações, diferentes pronúncias e inclusões de características do lugar, eles mantêm uma unidade com o português de Portugal. Além disso, alguns locais espalhados pelo mundo possuem uma pequena parcela da população que falam a língua portuguesa, mesmo não sendo o idioma oficial.

fonte:  http://www.estudopratico.com.br/a-origem-da-lingua-portuguesa/

domingo, 22 de mayo de 2016

Festas brasileiras

Oi pessoal,

Vamos ler um pouco acerca de uma festa brasileira,  a FESTA JUNINA.

Exercício.  Depois da leitura do texto, escrevam seu comentário no blog e comecem a organizar a festa.

Festas juninas ou festas dos santos populares são celebrações de alguns dias realizadas em vários países. São historicamente relacionadas com o solstício de verão (no hemisfério norte) e de inverno (no hemisfério sul), celebrados no dia 24 de junho, segundo o calendário juliano (pré-gregoriano). A festa se originou na Idade Média na celebração dos chamados Santos Populares (Santo António, São Pedro e São João). Além de São João, comemorado no dia 24, os outros são São Pedro (no dia 29) e Santo António (no dia 13). Em Portugal, as festas dos três marcam o início das festas católicas em todo o país.
Essas celebrações são particularmente importantes no Norte da EuropaDinamarca, Estónia, Finlândia, Letônia, Lituânia, Noruega e Suécia −, mas também ocorrem em grande escala na Irlanda, na Galiza, em partes do Reino Unido (especialmente na Cornualha), França, Itália, Malta, Portugal, Espanha, Ucrânia, outras partes da Europa, e em outros países como Canadá, Estados Unidos, Porto Rico, Brasil e Austrália.

 Origem da fogueira

Fogueira de Festa do Verão em Mäntsälä

De origem europeia, as fogueiras juninas fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã "sempre verde", que se tornou a famosa árvore de natal, a fogueira a volta do 25 de junho tornou-se, pouco a pouco, na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista, o santo celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a fogueira de São João é o traço comum que une todas as Festas de São João Europeias (da Estônia a Portugal, da Finlândia à França).
Uma lenda católica cristianizando a fogueira pagã estival afirma que o antigo costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha suas raízes num acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e, assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte.

Os balões
O uso de balões e fogos de artifício durante a festa de São João no Brasil está relacionado com o tradicional uso da fogueira junina e seus efeitos visuais. Esse costume foi trazido pelos portugueses para o Brasil e se mantém em ambos os lados do Oceano Atlântico, sendo que é na cidade do Porto, em Portugal, onde mais se evidencia. Fogos de artifício manuseados por indivíduos e espetáculos pirotécnicos organizados por associações ou municipalidades tornaram-se uma parte essencial da festa na Região Nordeste do Brasil, em outras partes do Brasil e em Portugal. Os fogos de artifício, segundo a tradição popular, servem para despertar São João Batista. Em Portugal, pequenos papéis com desejos e pedidos são atados ao balão.
Os balões serviam para avisar que a festa iria começar. Eram soltos de cinco a sete balões para indicar o início da festança. Os balões, no entanto, estão atualmente proibidos por lei em muitos locais, como no Brasil, devido ao risco de incêndio e mortes.
Durante todo o mês de junho, é comum, principalmente entre as crianças, soltar bombas, conhecidas por nomes como "traque", "chilene", "cordão", "cabeção-de-nego", "cartucho", "treme-terra", "rojão", "buscapé", "cobrinha", "espadas-de-fogo", "chuvinha", "pimentinha", "bufa-de-vei" , "biribinha" e "bombinha".

O mastro de São João

O mastro de São João − conhecido em Portugal também como o mastro dos Santos Populares − é erguido durante a festa junina para celebrar os três santos ligados a essa festa. No Brasil, no topo de cada mastro são amarradas, em geral, três bandeirinhas simbolizando os santos. Apesar de, hoje em dia, ter uma significação cristã bastante enraizada e ser, entre os costumes nas festas juninas, um dos mais marcadamente católicos, o levantamento do mastro se originou no costume pagão de levantar o "mastro de maio", ou a árvore de maio, costume ainda hoje vivo em algumas partes da Europa.
Além de sua cristianização profunda em Portugal e no Brasil, é interessante notar que o levantamento do mastro de maio em Portugal é também erguido em junho ao se celebrarem as festas desse mês. O mesmo costume ocorre também na Suécia, onde o mastro de maio, "majstången", de origem primaveril, passou a ser erguido durante as festas estivais de junho, Midsommarafton. O fato de suspender milhos e laranjas ao mastro de São João parece ser um vestígio de práticas pagãs similares em torno do mastro de maio. A tradição do Cambeiro é celebrada em Janeiro.
Hoje em dia, um rico simbolismo católico popular está ligado aos procedimentos envolvendo o levantamento do mastro e seus enfeites.

A Quadrilha
A quadrilha brasileira originou seu nome numa dança de salão francesa para quatro pares, a quadrille, em voga na França entre o início do século XIX e a Primeira Guerra Mundial. A quadrille francesa, por sua parte, já era um desenvolvimento da contredanse, popular nos meios aristocráticos franceses do século XVIII. A contredanse se desenvolveu a partir de uma dança inglesa de origem campesina, surgida provavelmente por volta do século XIII, e que se popularizara em toda a Europa na primeira metade do século XVIII.
A quadrille veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das elites portuguesas e brasileiras do século XIX por tudo que fosse a última moda de Paris −dos discursos republicanos de Gambetta e Jules Ferry, passando pelas poesias de Victor Hugo e Théophile Gautier até a criação de uma academia de letras, dos cabelos cacheados de Sarah Bernhardt até ao uso do cavanhaque.
Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no Brasil e se fundiu com danças brasileiras preexistentes, tendo subsequentes evoluções (entre elas, o aumento do número de pares e o abandono de passos e ritmos franceses). Ainda que inicialmente adotada pela elite urbana brasileira, esta dança teve seu maior florescimento no Brasil rural (daí o vestuário campesino), e se tornou uma dança própria dos festejos juninos, principalmente no Nordeste. A partir de então, a quadrilha, nunca deixando de ser um fenômeno popular e rural, também recebeu influências do movimento nacionalista e da sistematização dos costumes nacionais pelos estudos folclóricos.

Uma quadrilha de Sergipe
O nacionalismo folclórico marcou as ciências sociais no Brasil e na Europa entre os começos do romantismo e a Segunda Guerra Mundial. A quadrilha − assim como outras danças brasileiras, como o pastoril −, foi sistematizada e divulgada por associações municipais, igrejas e clubes de bairros, sendo também defendida por professores e praticada por alunos em colégios e escolas, na zona rural ou urbana, como sendo uma expressão da cultura cabocla e da república brasileira. Esse folclorismo acadêmico e ufano explica, de certa maneira, o aspecto matuto rígido e artificial da quadrilha.
No entanto, hoje em dia, essa artificialidade rural é vista pelos foliões como uma atitude lúdica, teatral e festiva, mais do que como a expressão de algum ideal folclórico, nacionalista ou acadêmico. Seja como for, é correto afirmar que a quadrilha deve sua sobrevivência urbana na segunda metade do século XX, e seu grande apelo popular atual, aos cuidados meticulosos de associações e clubes juninos da classe média e ao trabalho educativo de conservação e prática feito por estabelecimentos de ensino primário e secundário, mais do que à prática campesina real, ainda que vivaz, porém quase sempre desprezada pela cultura citadina.
Desde do século XIX, em contato com diferentes danças mais antigas do país, a quadrilha sofreu influências regionais, daí surgindo muitas variantes:
  • "Quadrilha Caipira" (São Paulo)
  • "Saruê", corruptela do termo francês "soirée", "noite"[2] (Brasil Central)
  • "Baile Sifilítico" (Bahia)
  • "Mana-Chica" (Rio de Janeiro)
  • "Quadrilha" (Sergipe)
  • "Quadrilha Matuta"
Hoje em dia, entre os instrumentos musicais que normalmente acompanham a quadrilha, encontram-se o acordeão, o pandeiro, o zabumba, o violão, o triângulo e o cavaquinho. Não há uma peça musical específica que seja própria a todas as regiões. A música é aquela comum aos bailes de roça, em compasso binário ou de marchinha, que favorece o cadenciamento das marcações.

"Quadrilha Caipira" (São Paulo)
Em geral, para a prática da dança é importante a presença de um mestre "marcante" ou "marcador", pois é ele quem determina as figurações diversas que os dançadores devem desenvolver. Termos de origem francesa são ainda utilizados por alguns mestres para cadenciar a dança.
Os participantes da quadrilha, vestidos de matuto ou à caipira, como se diz fora do Nordeste do Brasil (indumentária que se convencionou pelo folclorismo como sendo a das comunidades caboclas), executam diversas evoluções em pares de número variável. Em geral, o par que abre o grupo é um "noivo" e uma "noiva", já que a quadrilha pode encenar um casamento fictício. Esse ritual matrimonial da quadrilha liga-a às festas de São João europeias que também celebram aspirações ou uniões matrimoniais. Esse aspecto matrimonial e a fogueira junina constituem os dois elementos mais presentes nas diferentes festas de São João da Europa.

Outras danças e canções
No nordeste brasileiro, é utilizado o forró, assim como ritmos aparentados tais como o baião, o xote, o reisado, o samba de coco e as cantigas típicas das festas juninas.
Costumes populares


Festa junina caipira
As festas juninas brasileiras podem ser divididas em dois tipos distintos: as festas da Região Nordeste e as festas do Brasil caipira, ou seja, nos estados de São Paulo, Paraná (norte), Minas Gerais (sobretudo na parte sul) e Goiás.
No Nordeste brasileiro, pequenas ou grandes festas reúnem toda a comunidade e muitos turistas, com fartura de comida, quadrilhas, casamento matuto e forró. É comum os participantes das festas se vestirem de matuto, os homens com camisa quadriculada, calça remendada com panos coloridos, e chapéu de palha, e as mulheres com vestido colorido de chita e chapéu de palha.
No interior de São Paulo, ainda se mantém a tradição da realização de quermesses e danças de quadrilha em torno de fogueiras.
Em Portugal, há arraiais com foguetes, assam-se sardinhas e oferecem-se manjericos. As marchas populares desfilam pelas ruas e avenidas. No Porto, usam martelinhos de plástico nas cabeças de quem passa e alho-porro nas cabeças e no nariz. O costume teve origem nas rusgas que se dirigiam para o bairro das fontaínhas na cidade do Porto. Pelo caminho, os populares recolhiam os alhos floridos que crescem na época para mais tarde os guardar atrás da porta de casa e assim "dar boa sorte". A quem não tinha a planta, batia-se com ela na cabeça transmitindo a boa fortuna. No início da década de 1950, o martelinho começou a substituir o alho e hoje é muito mais popular.
Na vila de Sobrado, município de Valongo no distrito do Porto, a Festa da Bugiada é uma manifestação popular tradicional que se realiza anualmente em 24 de junho, sob a invocação de São João. É uma tradição antiquíssima que tem por detrás uma lenda transmitida oralmente de geração em geração, que remontaria ao tempo em que os muçulmanos ocuparam boa parte da Península Ibérica. Essa lenda dá conta da disputa de uma imagem milagrosa de São João, detida pelos bugios, a que os mourisqueiros pretenderiam também recorrer para salvar a filha de seu rei.

Simpatias, sortes e adivinhas para Santo Antônio
O relacionamento entre os devotos e os santos juninos, principalmente Santo Antônio e São João, é quase familiar: cheio de intimidades, chega a ser, por vezes, irreverente, debochado e quase obsceno. Esse carácter fica bastante evidente quando se entra em contato com as simpatias, sortes, adivinhas e acalantos feitos a esses santos:
Confessei-me a Santo Antônio, confessei que estava amando.
Ele deu-me por penitência
que fosse continuando.
Os objetos utilizados nas simpatias e adivinhações devem ser virgens, ou seja, estar sendo usados pela primeira vez, senão… nada de a simpatia funcionar! A seguir, algumas simpatias feitas para Santo Antônio:
Moças solteiras, desejosas de se casar, em várias regiões do Brasil, colocam um figurino do santo de cabeça para baixo atrás da porta ou dentro do poço ou enterram-no até o pescoço. Fazem o pedido e, enquanto não são atendidas, lá fica a imagem de cabeça para baixo. Para conseguir namorado ou marido, basta amarrar uma fita vermelha e outra branca no braço da imagem de Santo Antônio, fazendo a ele o pedido; rezar um pai-nosso e uma salve-rainha, pendurar a imagem de cabeça para baixo sob a cama; ela só deve ser desvirada quando a pessoa alcançar o pedido.
No dia 13, é comum ir à igreja para receber o "pãozinho de Santo Antônio", que é dado gratuitamente pelos frades. Em troca, os fiéis costumam deixar ofertas. O pão, que é bento, deve ser deixado junto aos demais mantimentos para que estes não faltem jamais.
Em Lisboa, é tradicional uma cerimónia de casamento múltiplo no dia de Santo António, em que chegam a casar-se de 200 a 300 casais ao mesmo tempo. Esta "tradição" começou nos anos do salazarismo, e desapareceu com a Revolução de 1974. Voltou a reaparecer alguns anos atrás, promovida por uma cadeia de televisão.

lunes, 11 de abril de 2016

PERSONAGENS DO MUNDO LUSÓFONO

segunda-feira, 5 de novembro de 2018


PERSONAGENS DO MUNDO LUSÓFONO

Oi pessoal, 

Outra macro-tarefa deste semestre é "apresentar algum personagem do mundo lusófono".  Aqui coloco alguns deles  afim de que vocês os conheçam e logo procurem outros escritores, poetas, cantores, arquitetos, cientistas, emfim personagens angolanos, caboverdianos, brasileiros, portugueses ou de qualquer outro país lusófono.

Para essa apresentação vocês poderão trabalhar em grupos de três pessoas, organizem-se, vamos agendar a atividade.

Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.

Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.

Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.

Em mão contrária traduziu os seguintes autores estrangeiros: Balzac (Les Paysans, 1845; Os camponeses), Choderlos de Laclos (Les Liaisons dangereuses, 1782; As relações perigosas), Marcel Proust (La Fugitive, 1925; A fugitiva), García Lorca (Doña Rosita, la soltera o el lenguaje de las flores, 1935; Dona Rosita, a solteira), François Mauriac (Thérèse Desqueyroux, 1927; Uma gota de veneno) e Molière (Les Fourberies de Scapin, 1677; Artimanhas de Scapino).

Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.



JOSÉ CRAVEIRINHA
(1922-2003)
Nasceu em Lourenço Marques (atual Maputo, Moçambique).
Autodidata, desempenhou diversas actividades tais como funcionário da Imprensa Nacional de Lourenço Marques, jornalista, futebolista, tendo também colaborado em diversas publicações periódicas, nomeadamente O Brado Africano, Itinerário, Notícias, Mensagem, Notícias do Bloqueio e Caliban.
Foi preso pela PIDE, mantendo-se na prisão durante 5 anos. Posteriormente após a independência de Moçambique foi membro da Frelimo e presidiu à Associação Africana.
Recebeu o Prêmio Alexandre Dáskalos, o Prêmio Nacional, em Itália, o Prêmio Lótus, da Associação Afro-Asiática de Escritores e o Prêmio Camões, em 1991. É um dos mais reconhecidos poetas da língua portuguesa e um dos maiores escritores africanos.
Obra: Xibugo, 1964; Cântico a um Dio de Catrane, 1966; Karingana Ua Karingana, 1974;
Cela 1, 1980 e Maria, 1988
Veja outros poemas do autor em: http://geocities.yahoo.com.br
Veja também o poema “Maria & José”, de Antonio Miranda, em homenagem ao poeta José Craveirinha: http://www.antoniomiranda.com.br
UM HOMEM NUNCA CHORA
Acreditava naquela história
do homem que nunca chora.
Eu julgava-me um homem.
Na adolescência
meus filmes de aventuras
punham-me muito longe de ser cobarde
na arrogante criancice do herói de ferro.
Agora tremo.
 E agora choro.
Como um homem treme.
Como chora um homem!
 
Francisco Buarque de Hollanda, mais conhecido por Chico Buarque (Rio de Janeiro, 19 de junho de 1944), é um músico, dramaturgo e escritor brasileiro. É conhecido por ser um dos maiores nomes da música popular brasileira (MPB). Sua discografia conta com aproximadamente oitenta discos, entre eles discos-solo, em parceria com outros músicos e compactos.
Filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Cesário Alvim, escreveu seu primeiro conto aos 18 anosganhando destaque como cantor a partir de 1966, quando lançou seu primeiro álbum, Chico Buarque de Hollanda, e venceu o Festival de Música Popular Brasileira com a música A Banda.  Autoexilou-se na Itália em 1969, devido à crescente repressão do regime militar do Brasil nos chamados "anos de chumbo", tornando-se, ao retornar, em 1970, um dos artistas mais ativos na crítica política e na luta pela democratização no país. Na carreira literária, foi vencedor de três Prêmios Jabuti: o de melhor romance em 1992 com Estorvo e o de Livro do Ano, tanto pelo livro Budapeste, lançado em 2004, como por Leite Derramado, em 2010.
Foi casado por 33 anos (de 1966 a 1999) com a atriz Marieta Severo, com quem teve três filhas, Sílvia Buarque, Helena e Luísa. Chico é irmão das cantoras Miúcha, Ana de Hollanda e Cristina. Ao contrário da crença popular, o dicionarista Aurélio Buarque de Holanda era apenas um primo distante do pai de Chico.
Em 2 de dezembro de 2012, foi confirmado por Miguel Faria, um documentário, do qual apresentará um show de Chico organizado para a produção, mesclado com depoimentos dele e de outros nomes da música nacional, além de encenações com personagens das canções mais famosas do artista.

 Fadista Marco Rodrigues
Marco Rodrigues apenas sabe, até aos quinze anos, que o fado é um género musical e que a sua maior diva é Amália Rodrigues. Quis o destino que o fado lhe entrasse pela vida, sem pedir licença, quando se muda para Lisboa, vindo do Norte de Portugal. E toda a sua vida muda… Em 2010, Marco Rodrigues edita o seu segundo álbum –“Tantas Lisboas”(label Universal Music Portugal) que tem como convidados Carlos do Carmo e Mafalda Arnauth e conta, entre os compositores e letristas, com Boss AC, Tiago Torres da Silva, Inęs Pedrosa e Tiago Machado, que assina também a produção do álbum. Marco Rodrigues passa a infância e a adolescência sem qualquer ligação ao fado embora sempre em contacto com outros géneros musicais. Mas o destino, esse, leva-o para o fado – concorre ŕ Grande Noite do Fado 1999, no Coliseu de Lisboa, e vence na categoria Sénior, apesar da tenra idade. Poucos meses depois, Marco Rodrigues estreia-se como profissional no Café Luso, em Lisboa – onde permanece, até 2012, como fadista e violista residente, assumindo também a direção artística. Atua em Portugal, Espanha, França, Suíça e Inglaterra, a par de nomes como Carlos do Carmo e Ana Moura, destacando-se a participação no concerto de Mariza, no Royal Festival Hall, em Londres. Um ano depois do lançamento do seu primeiro álbum “Fados da Tristeza Alegre”, Marco Rodrigues é distinguido com o Prémio Amália Rodrigues 2007, na categoria Revelação. Marco Rodrigues grava “O Tempo a Cantar” (original de Fernando Alvim que integra o álbum “Fados e Cançőes do Alvim” [2011]), a convite do reconhecido músico, e participa nos concertos ao vivo de Fernando Alvim na Casa da Música, no Porto e no Teatro da Trindade, em Lisboa. Em agosto de 2011, grava um tema no novo trabalho de Maria Gadú, a convite da cantora brasileira.“Mais uma Página”, editado no Brasil em dezembro de 2011, integra a “A Valsa” – o dueto de Marco Rodrigues com Maria Gadú. A 2 de dezembro de 2011, Marco Rodrigues integra o elenco de fadistas que atua na Gala Fado Património da Humanidade, espetáculo comemorativo da distinção do Fado como Património Imaterial da Humanidade, atribuída pela UNESCO no final de novembro do mesmo ano. Interpreta “A rima mais bonita”, numa das atuações mais aplaudidas do concerto transmitido em direto na RTP1. Marco Rodrigues é responsável pelo concerto de abertura dos espetáculos de Maria Gadú, nos coliseus de Lisboa e Porto, em maio de 2012, recebendo os mais elogiosos comentários da crítica: Canções como “O Homem do Saldanha”, “A rima mais bonita” e o “Fado do estudante”, este último cantado em coro pela plateia, envolveram o público presente a ponto de aplaudir de pé o cantor e o trio que o acompanhavať (Jornal Hardmúsica); “Fado do Estudante, de Vasco Santana, pôs todo o público a cantar com o fadista. A “rima mais bonita” encerrou o concerto de Marco Rodrigues que foi aplaudido de pé. Depois de um aquecimento animado, com fados tão conhecidos como o “Homem do Saldanha”, Marco Rodrigues terminou com um Coliseu [do Porto] praticamente repleto a trautear o “Fado do estudante” e a aplaudi-lo de pé. O fadista assume, em junho de 2012, as funções de diretor artístico da Adega Machado, uma das mais conhecidas casas de fado em Lisboa, onde integra também o elenco residente. (in www.museudofado.pt )


MALANGATANA 

Era o nome mais reconhecido da arte africana lusófona. Autor de uma obra vasta e muito pessoal, Malangatana faz o cruzamento da cultura indígena com a cultura do colonizador, criando assim uma identidade cultural moçambicana. Tornou-se também numa espécie de senador do seu país.
Actualmente, podem ser vistas obras de Malangatana em duas exposições em Portugal. Uma com desenhos inéditos, intitulada "Novos Sonhos a Preto e Branco", na Casa da Cerca, em Almada, outra com obras da colecção de arte africana de Pancho Guedes no Mercado de Santa Clara, junto à Feira da Ladra, em Lisboa. Há murais em Maputo e na Beira (Moçambique), mas também em espaços públicos na África do Sul e na Suazilândia, na Suécia e na Colômbia. E a sua arte está representada em colecções de museus de Lisboa e de Luanda, Harare (Zimbabwe) e Nova Deli (Índia). Além de ter realizado exposições, individuais e colectivas, em grandes museus e galerias de todo o mundo.

São algumas das marcas do reconhecimento internacional de Malangatana Valente Ngweny, o pintor moçambicano que morreu na madrugada de ontem, aos 74 anos, em Matosinhos, no Hospital de Pedro Hispano, onde tinha sido internado há alguns dias para tratamento de um cancro.
Pancho Guedes, arquitecto seu amigo e a quem Malangatana ficou a dever as condições para afirmar a sua vocação de artista na capital moçambicana no final da década de 50, foi dos primeiros a expressar o seu pesar pelo desaparecimento deste "artista único". "É uma notícia terrível. Eu sabia que estava doente, mas ele, que era um grande optimista, dizia sempre que estava tudo bem", disse ontem ao P2 Pancho Guedes, agora a viver entre Lisboa e Sintra, mas que realizou grande parte da sua obra em Moçambique nos anos 50 e 60.
"Malangatana foi o primeiro artista [plástico] africano, negro, moderno no espaço da lusofonia", diz José António Fernandes Dias, director da plataforma cultural África.cont, comissário e especialista em arte africana. A pintura de Malangatana configura um certo arquétipo da arte do continente negro, com as cores quentes e uma presença ostensiva da figura humana a ocupar todo o espaço da tela.







sábado, 2 de abril de 2016

Estratégia de aprendizagem

Oi pessoal,

Desta vez vamos conversar acerca das estratégias que usamos para estudar e aprender, neste caso, português. Para isso, leiam o artigo a seguir e coloquem um comentário no blog.  Na aula de quarta-feira, 6 de abril, conversaremos sobre o tema.

Depois de ter lido o artigo e enviado seu comentário ao blog, procurem na Web links relacionados com ensino de português e levem para a aula, entre todos vamos organizar uma relação desses links para logo aproveitá-los.

Estratégias para enriquecer o aprendizado
Ações complementares para antes, durante e depois de uma sessão de dedicação
Você certamente faz algumas coisas quando está se dedicando a aprender algo. Se é material de leitura, lê, relê, repete, faz perguntas, resume, desenha diagramas, memoriza. Se envolve alguma habilidade, pratica seguindo um roteiro ou imitando alguém, como na dança, ou visualiza. O aprendizado pode também envolver um processo de tentativa-e-feedback, isto é, tentar fazer, observar o resultado e ajustar até sair como você quer ou como acha que deve ser. Ou seja, você aplica alguma estratégia que visa diretamente o aprender.
Combinar estratégias com a principal pode facilitar a obtenção e multiplicar o rendimento e a qualidade dos resultados, tanto que já fazemos isso em alguma medida. Há pessoas que estudam ouvindo música. Uma meditação pode incluir uma música suave, silêncio, meia-luz e incenso. Até a postura, como você bem deve saber, pode influenciar nos resultados.
Vamos descrever aqui estratégias variadas que apoiam o processo de aprendizado, no sentido de facilitar, acelerar, suavizar e tornar mais eficiente, eficaz ou agradável. Você pode incorporar todas ou nenhuma, aplicar uma em um dia e outra noutro dia. Pode ser até que já aplique alguma, conscientemente ou não; mais importante é você testá-las  e ver o que faz diferença para você.
Antes
1) Prepare o seu ambiente - Quando decidir que é hora, antecipe o que vai precisar e deixe tudo à mão: livros, anotações, dicionário. Se usa computador, abra os arquivos que julga que serão necessários ou úteis. Se quiser, pegue também copo d'água ou de suco e batata frita. Outras opções são avisar todo mundo do que vai fazer e tirar o telefone do gancho. O objetivo aqui é montar um ambiente que permita o máximo possível de foco e concentração.
2) Ative sua motivação - Diga para si para que serve o que vai fazer em seguida. Ative a lembrança dos motivos que o levaram a assumir o compromisso do qual decorre a atividade a seguir. O que você vai obter ao final? E o que isso lhe trará? Imagine por um momento que já está obtendo benefícios de sua dedicação.
3) Ative seus conhecimentos - Faça perguntas a si mesmo sobre o assunto. O que já aprendi sobre isto? Que experiências e práticas já tive? Em que já usei este material ou parte dele? O quanto já progredi? O quanto sabia antes, e quanto sei agora? Não é preciso esforço, as perguntas já induzem a resposta, você apenas fica esperando o efeito.
Você pode repassar o material, apenas olhando um ou outro tópico, assim com quem não quer nada. Pode também fazer coisas simples para "aquecer", como operações matemáticas com números de 5 dígitos, por exemplo, para temas que envolvem raciocínio. Se o tema for canto, você pode fazer um brainstorm de sons, isto é, emitir sons aleatoriamente por algum tempo. Se for dança, o aquecimento pode ser repassar os passos básicos.
4) Ative suas atitudes - De que maneira quer se dedicar? Expresse as atitudes que gostaria de manter durante a sessão. Sugestões: "estar concentrado", "focar o melhor possível no objetivo", "desligar-me de tudo que não estiver relacionado", "com amor", "ligado", "com a maior objetividade". Neste ponto você pode se programar também sobre como vai lidar com interrupções, como telefone, irmãos ou o que for. Com paciência? Com tolerância?
Não se preocupe se vai ou não agir conforme determinou; a sua declaração de intenção é a mobilizadora de recursos. Apenas expresse e vá para o próximo passo.
Durante
5) Defina sua intenção imediata - Declare verbal ou mentalmente o que pretende para o próximo segmento de estudo. Nem sempre é possível ser muito específico, faça o melhor possível. Você vai estudar um capítulo? Praticar uma seqüência? Decida quanto tempo irá dedicar minimamente (depois você pode tomar outra decisão). Para esta etapa, você pode consultar os seus PPPs (próximos pequenos passos) definidos na sessão prévia (veja abaixo a seção Depois). Ajuste-os se for o caso, para incorporar novas e melhores idéias.
6) Solte-se - De vez em quando, relaxe na postura, isto é, solte seu corpo ou partes dele o quanto for possível. Como está sua testa agora? E seus ombros?
7) Faça pausas - Após algum segmento de dedicação, faça uma pausa com a intenção de permitir ao seu sistema a absorção e a incorporação do novo material. Enquanto isso, você descansa, em caráter remediativo ou preventivo. Uma pesquisa mostrou que o aprendizado é maior no início e no final de um período delimitado de dedicação (D. Gordon e J. Vos, em Revolucionando o Aprendizado, Makron).
8) Interrupções - Por mais que não queiramos, podem ocorrer interrupções. Se isso ocorrer, após decidir verificar e antes de desviar-se, registre o ponto de retorno, o que fará quando voltar. Pode ser um capítulo, um exercício, um movimento. O registro pode ser tão simples quanto um lápis na página correta, uma anotação ou uma imagem mental.
Depois
9) Verifique o progresso - Avalie o rendimento da sessão. Se usou alguma das estratégias sugeridas, veja se dá para saber se foi útil ou não, se vai praticar uma outra vez para avaliar melhor. Se concluir que não progrediu muito, é um momento de reavaliar as estratégias de aprendizado, e talvez decidir fazer mudanças, talvez pesquisar um pouco sobre o que existe que você talvez não conheça.
10) PPPs - defina e registre os Próximos Pequenos Passos a serem dados no assunto. Estes têm uma importância especial: definir PPPs é garantir que você pode se desligar do assunto tranquilamente; se esquecer, já tem as ligações para retomar do ponto onde parou. Se você já ficou pensando em algo por medo de esquecer, sabe avaliar a utilidade desta alternativa.
11) Reconheça - Separe um minuto para fazer o auto-reconhecimento: procure algo de bom no que fez, como ter-se dedicado, ter aprendido um pouco mais, estar mais próximo do objetivo, ter tido disciplina, o que quer que você encontre de bom e positivo. Para cada um, procure o prazer e a satisfação que lhe proporciona. Usufrua, isto é, dedique-se a ficar sentindo cada prazer ou emoção prazerosa por alguns segundos.
12) Guarde as coisas - No final, retorne o ambiente ao seu estado normal, guardando materiais, fechando programas e limpando eventuais resíduos da atividade. O objetivo aqui é mais do que organização: você está enviando uma mensagem ao seu cérebro de que a sessão está encerrada, você vai fazer outra coisa e quer se concentrar devidamente nessa outra coisa, seja o que for.
13) Faça uma transição adequada - Quando nos dedicamos com intensidade a algo, há a possibilidade de que representações mentais e até emoções fiquem ativas, independentemente da nossa vontade, mesmo quando não estamos nos dedicando e queremos fazer outra coisa. Assim, antes de fazer essa outra coisa, e se julgar necessário, execute algumas ações para "quebrar o estado". Em geral são coisas prazerosas: tomar um banho, lanchar, até beber algo gostoso pode funcionar. Também pode ser uma atividade física, como exercícios, alongamentos e caminhadas, ou deitar-se por alguns minutos e simplesmente relaxar, como já fiz e já vi outras pessoas fazerem. Outra possibilidade é acessar algum site interessante, como de humor, por exemplo. O importante é você achar algo que funcione para mudar o estado em no máximo alguns minutos.
Um comentário final
As estratégias sugeridas podem ser úteis em uma outra dimensão. Pense, por exemplo, que ativar seus conhecimentos antes de uma sessão de estudo já se tornou um hábito. O que vai acontecer após alguma prática é que, simplesmente ao decidir que vai se dedicar, sua mente já naturalmente vai ativar seus conhecimentos prévios, sem que você precise conscientemente estimular. É quando tudo se torna rápido, mais espontâneo e mais fácil. E você vai colher frutos pelo resto da vida.
Virgílio Vasconcelos Vilela
 http://www.possibilidades.com.br/aprendizagem/estrategias_para_aprendizagem.asp